DE CARA NOVA

Conforme falei a baixo, estou postando a capa da trilha de Caras e Bocas. Ao contrário do que eu previa, a capa não traz nenhum ator.
Quando entrevistei o presidente da Som Livre (João Araújo) na época da minha tese de conclusão de curso, ele já havia me falado sobre essa mudança. Falou que antigamente muitos atores até pediam para estampar a capa das trilhas. Porém, com o tempo, passaram a não desejar mais isso com medo de deixar suas imagens muito massificadas.
Eu concordo! Como a capa de um disco é algo bem menos perecível que revistas e jornais, os atores podem ficar estigmatizados naquele personagem. Também acho que, assim como nos anos 70 e início de 80, é bem mais legal termos as capas trazendo imagens que passem o conceito da trama do que simplemsmente a cara de um ator. Muitas vezes esse ator até passa a estampar a capa somente pela beleza física, mesmo que seu pepel na novela seja secundário. Como exemplo cito a capa de Por Amor Nacional, com o ator Ricardo Machi na capa. NADA A VER, NÉ? O cara não passava de um jardineiro na trama.
Será que passaremos novamente a ter capas mais ineressantes graficamente daqui pra frente? Ou é somente pq. não tiveram verba pra pagar o cache de determinados atores?
Podemos ter uma base vendo as capas de novelas mais atuais como: O PROFETA, BELEZA PURA INTERNACIONAL, NEGÓCIO DA CHINA e PARAÍSO.

É PRA FAZER CARA FEIA.

Graças a ajuda do meu amoigo Nilson Xavier, que tem o site http://www.teledramaturgia.com.br/, aliás, se vocês curtem tudo sobre tv e música, são obrigados a passar por lá, estou postando, em primeira mão, a trilha nacional (se tivermos internacional) de CARAS E BOCAS. Quando tiver a capa, que deve ser a "atriz" Flávia Alessandra, eu boto ai.

01. CARAS & BOCAS - Chicas (tema de abertura)

02. É SÓ VOCÊ QUERER - Elba Ramalho (tema de Laís)

03. DE VOLTA AO PLANETA DOS MACACOS - Jota Quest (tema de Xico)

04. VEM ANDAR COMIGO - Jota Quest (tema de Denis)

05. VIDA - Padre Fábio de Melo (tema de Gabriel)

06. VEM NA MINHA - Kelly Key (tema de Bianca)

07. NO ORDINARY LOVE - João Pinheiro (tema de Simone)

08. TE AMO - Wanderléa (tema de Dafne e Gabriel)

09. AMOR PERFEITO - Gé Cardoso e Lilach Davioff (tema de Tatiana e Benjamin)

10. CECY BOM - Rita Lee (tema de locação)

11. ANTES DE VOCÊ - Titãs (tema de Vicente)

12. MAIS UMA VEZ - Marisa Monte (tema geral)

13. NADA ALÉM - Frejat (tema de Gabriel)

14. UM DIA DE DOMINGO - Ana Carolina e Celso Fonseca (tema de Anita)

15. QUANDO - Myllena (tema de Simone e Denis)

16. SIMPLESMENTE MULHER - Silvia Machete (tema de Léa)

17. SAUDADE DA BAHIA - Moinho (tema de Adenor)

Qui pra nóis, bem bregunha né? Realmente não entendo que um disco que é pra ser jovem, traga nomes como esses. Salvos Elba Ramalho, Rita Lee, Titãs, Ana Carolina e Celso Fonseca, claro. Frejat e Wanderléia, com certeza tiveram suas contribuições únicas para o rock nacional, mas suas carreiras solo, pra mim, deixam muito a desejar. A Marisa Monte é ótima, mas sabe ser brega quando quer. Afinal, fez AMOR I LOVE YOU e agora ataca com essa NADA ALÉM, que devia se chamar NADA A VER. Assim como Caetano Veloso, a Marisa Monte faz uso do seu nome de peso, e acha que pode fazer o que quiser que todo mundo vai gostar. Pra mim, acaba resvalando feio de vez em quando!

E não vou nem perder tempo comentando o ASSASSINATO que fizeram com NO ORDINARY LOVE da SADE. Chega a ser bizarro.

E vocês? Concordam?

É TANTO QUE ACABA CONFUNDINDO.

Esse post é pra dividir um aspécto nas trilhas sonoras que me incomada um pouco. São as chamadas "TRILHAS COMPLEMENTARES".

Já estamos tão bem familiarizados com as chamadas NACIONAIS e INTERNACIONAIS, que não vejo necessidade de ainda termos mais outras. Acho que confunde! Ainda mais hoje em dia, que a trilha "NACIONAL" já passou por tantas mudanças que, pra mim, é muito mais uma "TRILHA EXCLUSIVA", ou seja, aquela trilha que traz exatamente a excência da trama, com suas músicas mais importantes e características. Hoje, temos muitas trilhas nacionais, ou a primeira trilha que sai da novela, com várias músicas internacionais inclusive.

Notem que não estou questionanado aqui o aspécto rentável dessas trilhas, pois se fosse por isso, nem teria levantado essa discussão.

Geralmente tramas da novelista GLÓRIA PEREZ possuem trilhas complementares por serem muito temáticas. Claro que é importante termos músicas indianas numa novela com a temática da Índia. Mas será que não daria para dividir essas músicas nos discos "trilha sonora exclusiva" e "Internacional", podemos dizer assim? Sei que a trilha internacional em especial vende muito, e que ficaria ruim fazer um disco internacional somente com músicas indianas, seria muito segmentado. Só estou falando que, se eu fosse o autor, manteria os 2 usuais e mesclaria as músicas temáticas da índia, pois, com certeza, ajudaria a tornar a trilha mais forte e relembrada pelas pessoas.

Além das novelas da Glória Perez (O CLONE, AMÉRICA, EXPLODE CORAÇÃO e a dançante até demais, CAMINHO DAS ÍNDIAS), outras tramas fizeram uso da chamada "Trilha Complementar": RAINHA DA SUCATA (Lambateria Sucata), BEBÊ A BORDO (Lambateria Tropical), MANDALA (As Preferidas de Tony Carrado)... Isso sem falar de novelas como BRAVO (com 5 trilhas) e OS IMIGRANTES (com 10 trilhas). Ai não tem mesmo como se achar!

Deixo aqui o questionamento: será que com toda essa quantidade de trilhas por novela conseguimos perante o grande público caracterizar uma trilha a ponto de ser lembrada? Ou vamos ajudar ainda mais o produto "trilha sonora de telenovela", a ser algo perecível, fadado ao modismo e depois ao esquecimento? Isso é bom para a memória musical de um país? Chamo isso da síndrome de "Como uma Deusa". Vejo que, para os desinteressados, a única música que, sem excesões, é lembrada corretamente como tema de Jocasta em Mandala, apesar de nunca acertarem o seu nome, "O Amor e o Poder", por causa do refrão inesquecível.

Pronuncíem-se!

E VALE TUDO? VALE?

Como ainda estamos falando de sucessos dos anos 80, resolvi criar um post a parte para essa trilha em especial. Assim como tenho a trilha internacional de o "O OUTRO como a melhor, tenho essa obra prima de Gilberto Braga como a melhor novela que ja assisti.

Realmente não se fazem mais novelas como antigamente e, mesmo assim, acho que VALE TUDO surpreendeu muito na época que passou. Estávamos vivendo o fim da ditadura, tinhamos José Sarney goela a baixo, a instauração da Nova República, o Plano Cruzado... enfim o país vivia um momento político e, consequentemente, econômico muito novo delicado. Porém, apesar da novela ter servido como uma luva pra mostrar as falcatruas políticas do Brasil e o sucesso a qualquer preço, sua trilha sonora teve altos e baixos. Na minha opinião teve alguns pontos a desejar.

Para uma novela política acho que a trilha nacional deveria ter contado com nomes mais importantes na história musical do país. Como fizeram Pátria Minha e Paraíso tropical, ambas do mesmo autor, trilhas bem mais de peso e políticas que Vale Tudo. Acho que nomes como Ritchie, Verônica Sabino e até recém chegados como Nico Rezende e o grupo de um sucesso só, Gáz, não eram apropriados para uma novela com esse peso social. Mas teve alguns bons acertos como: Caetano veloso (isso aqui o que é) cantando Gonzaguinha e Gonzaguinha (É) cantando ele mesmo, pois já é o suficiente, Barão Vermelho (Pense e Dançe) e a excelente Brasil de Cazuza, na voz de Gal Costa para a abertura. Abertura que deveria ter emprestado seu poupurrie de imagens "típicamente brasileiras" em todos os sentidos, para estampar a capa da trilha nacional. E não terem socado Antônio Fagundes com aquela cara de cachorro bobo, sentadinho num banquinho. Baita bola fora!

Quanto a trilha internacional, bom essa errou feio mermo! pra começar a capa era o casalzinho chatinho Afonso(Cássio Gabus Mendes) e Solange (Lídia Brondi) fazendo caras e bocas. Acredito que escolheram eles só porque a franjinha da Lídia Brondi fazia sucesso entre as mulheres na época. Pra piorar, ainda fazem a capa com o fundo em vermelho! Ou seja, qualquer referência as cores nacionais nem pensar.

Para uma trilha internacional de uma novela com essa temática, deveriam te escolhidos grandes sucessos do jazz e blues. Com toda a sofisticação que pairava sobre trama, esses estilos musicais a pontuariam muito bem. Ajudariam a dar todo um clima "noir" que a trama pedia. Mas mais uma vez, como a partir da trilha de "O CAFONA", quando as trilhas passaram a ser mais comerciais e menos personalizadas, o retorno financeiro falou mais alto e socaram grandes intérpretes internacionais do momento. Talvez com excessão de Ornela Vanoni e Charles Aznavour, que ja estavam na estrada a mais tempo.

Quero deixar claro aqui que curto muito as trilas de novelas, mesmo que extremamente comerciais. Acho que isso é fundamental para "mover a máquina". O que faço é somente expor meu ponto de vista frente ao que se adaptaria mais a determinada obra. Por isso, torno a falar... acho Vale Tudo Internacional, por exemplo, um ótimo disco. Com um repertório muito bom. Mas ótimo para ser comprado e "degustado" isoladamente, sem nenhuma referência com a obra de Gilbero Braga.

E O QUE É NOSSO?

As trilhas, la pela época de 1984/85 até 1988, começaram a contar com grupos e cantores jovens, que estavam começando a despontar no cenário musical dos anos 80. Essas trilhas nacionais, em especial, tiveram suas seleções de repertório muito bem escolhidas e inovadoras para a época.

Antes contávamos eventualmente com esses nomes, mas a partir dessa época, eles se tornaram presenças constantes e obrigatórias para o sucesso de uma trilha nacional de novela.

Saímos somente da bossa nova e das músicas românticas, muitas vezes compostas exclusivamente para determinada obra, e passamos para o rock, pop, enfim, para uma mpb mais eclética e comercial.

O que por um lado ajudou ao BUM! das vendas, mas também tornou as trilhas sonoras não tão personalizadas assim. Muitas vezes, músicas eram incluídas mais pelo sucesso comercial, do que pela pertinência com o tema da trama e personagens.

É... no fim tudo é grana!

PRA COMEÇAR

Pra começar é titulo da música da Marina que abria Roda de Fogo. Muito boa escolha, pois além da música servir como uma luva para a trama, ainda lançava nacionalmente em grande estilo a música inédita, que não constava ainda em nenhum álbum gravado pela cantora.

Mas o que quero falar aqui é que, assim como O OUTRO, os anos 80 também trouxeram outras grandes trilhas, como as ai de cima, que ajudaram a divulgar músicas inéditas e grandes hits no meio da gurizada da época.

Essas trilhas ajudaram a encher os bolsos de grandes intérpretes e conjuntos como Whitney Houston, U2, Boy George, Simply Red, Genesis, Suzanne Vega, Chris De Bourgh... e até a fazerem hits que não "estouraram" no exterior ficarem no topo das paradas aqui no Brasil, somente por causa da novela. Como é o caso de A MATTER OF FEELING do DURAN DURAN.

Vale dar uma misturada nessas trilhas e pescar grandes hits que elas trazem. Com certeza vocês curtiam muitos deles e nem sabiam que estavam aqui!

E o assunto da pano pra manga. Nos futuros posts, ainda vou abordar temas como transição das capas, escolha de repertórios, fracassos de venda, e por ai vai....

Se quiserem participar é só prender o grito!

A MELHOR, NÃO TEM OUTRA, SÓ "O OUTRO".

Eu venho colecionando as trilhas desde 1980. Até agora, nenhuma conseguiu bater O OUTRO INTERNACIONAL. Sei que no ranking das mais vendidas da Som Livre ela está em sétimo lugar, mas pra mim sempre esteve como número 1 no pódium.

É uma baita trilha, com uma baita capa. Malu Mader tava sensacional em todos os sentidos fazendo a revoltada Glorinha da Abolição, com sua pochete de pelo de gato morto.

A trilha é uma viagem de muito bom gosto pelos maiores sucessos dos anos 80 reunidos num único disco. Os destaques são pra Carly Simon, Crowded House (com don´t dream it´s over, música que esteou a trilha internacional na novela), Eurithmics, Gloria Estefan, Tina Turner, Pretenders, Toto e até pro desconhecido MCR, com a inesquecível AT THE BACK OF MY HEART, que nunca achei em nenhum outro lugar a não ser nessa trilha. Grupo desconhecido mas, com certeza, essa música tava em todas as rodinhas das reuniões dançantes no escurinho dos salões de festas das casas nos anos 80!

O OUTRO não tem THE BEST, tem TWO PEOPLE, mas com certeza é A MELHOR!

Confiram a capa ai e, se não tiverem o disco, baixem as músicas que vale muito a pena!

E se quiserem relembrar rapidinho alguns sucessoas é só acessar esse endreço do youtube

http://www.youtube.com/watch?v=tm4Pjp5aKeA